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Educação Financeira para crianças: como ensiná-las sobre dinheiro?

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Fazer um bom uso do dinheiro é muito importante, mas a tendência entre os brasileiros mostra que não tem sido tão fácil. 67,1% das famílias estão endividadas no país, segundo pesquisa de junho de 2020, e isso revela um despreparo geral em relação ao controle financeiro.

Ensinar educação financeira para crianças contribui para que se tornem mais conscientes em relação ao dinheiro, resultando em uma vida financeira mais saudável quando adultas. Quanto antes começamos a economizar e a planejar os investimentos, melhor.

A boa notícia é que ensinar sobre finanças pessoais não precisa ser complicado e nem entediante. Veja agora como as crianças podem aprender sobre educação financeira no dia a dia e entenda o contexto do tema nas escolas.

Educação financeira nas escolas

Um teste de cultura financeira realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2017, mostrou que 53% dos alunos brasileiros ficaram abaixo do nível mínimo em relação aos conhecimentos financeiros. Entre 15 países pesquisados, o Brasil ficou em último lugar.

Desde o mesmo ano em que a pesquisa foi realizada, porém, o tema educação financeira passou a ser obrigatório na educação escolar. Nos últimos anos, um mapeamento feito pela Associação de Educação Financeira do Brasil apontou que houve um aumento da presença desse tema nas aulas, com foco sobretudo em adolescentes. 44% das iniciativas são direcionadas a estudantes de 12 a 18 anos, enquanto 21% é focada em crianças de até 11 anos.

O conteúdo das aulas é passado, geralmente, pelos professores de matemática, com ênfase nos meios de pagamento existentes, no consumo consciente e na proteção e defesa do consumidor.

Apesar de crescentes, estas iniciativas ainda são incipientes e é importante que a família incentive a educação financeira para crianças logo cedo, no dia a dia.

Como ensinar educação financeira para crianças em casa?

A forma de ensinar os filhos sobre educação financeira deve variar conforme a idade. Isso porque ao longo do seu desenvolvimento a criança vai assimilando certos conceitos, que quando pequena ainda não tem capacidade. Mas isso não significa que os conhecimentos não devem ser passados logo cedo, olha só.

Até 4 anos: consumir não é recompensa

Na primeira infância, a principal lição é que a criança aprenda a controlar seus desejos. Durante idas a shoppings, supermercados e outros centros comerciais, ela aprende a criar expectativas em relação ao consumo e a querer mais do que precisa. Ensine-a a controlar os impulsos e não associar as compras a uma recompensa positiva.

Ao entrar em uma loja, não diga: “Não temos dinheiro para isso”. As crianças são espertas, sabem que temos cartões de crédito, por exemplo, e podem encarar a fala como uma enganação. Seja sincero e diga: “Hoje não estamos aqui para comprar algo para você, mas para fazer X”. Assim, elas aprendem rapidamente que entrar em uma loja nem sempre significa que você vai comprar algo.

Além disso, é interessante ensiná-la a dividir os brinquedos com outras crianças e a viver com os objetos que já possui e valorizá-los ainda mais.

4 a 7 anos: estipulando metas

  • Realidade financeira: nesta fase da infância, em que as crianças estão mais questionadoras, é importante que elas compreendam a dinâmica e a realidade financeira da família. Explique as prioridades da sua casa, quais as metas que você tem agora com o dinheiro. Por exemplo: quando a criança te pede um brinquedo de presente, mostre que se você economizar esse valor, poderá fazer uma viagem no fim do ano.
  • Semanada: neste período, também é interessante introduzir a semanada, em pequenas quantias. Ela servirá como uma ferramenta para aprender a lidar com recursos limitados. Estipule um valor de acordo com as suas possibilidades (mesmo que seja apenas R$2 ou R$ 5) e ensine que ela deve criar as próprias metas com esse limite de dinheiro. Se acabou antes do fim da semana, ela terá que lidar com essa frustração. O tempo de 7 dias é interessante por ser menor que um mês (que ainda é muito amplo para a noção temporal da criança). Assim, ela consegue ter maior controle do prazo.
  • Cofrinho: agora também é um bom momento para que ela aprenda a poupar. Dê um cofrinho e ensine a guardar uma parte da semanada, mostrando que, depois de certo tempo, ela terá uma quantia maior, para fazer compras melhores.

7 a 13 anos: planejamento financeiro

Aqui, já é possível avançar para a mesada. Procure acompanhar os primeiros meses para que a criança não se perca e fique frustrada.

Esta é uma boa fase para ensinar técnicas de planejamento financeiro, uma vez que a criança já está alfabetizada e com conhecimentos mais aprofundados de matemática.

Pergunte o que ela deseja fazer com o dinheiro da mesada e incentive-a a escrever suas metas em um papel ou até no computador ou tablet. A partir dos objetivos, ela poderá se organizar e dividir seu dinheiro conforme cada meta.

Nesse documento, ela pode inserir (com a sua ajuda):

  • Quanto recebeu de mesada;
  • Qual o saldo do último mês;
  • Anotar seus gastos ao longo das próximas semanas;
  • Quanto irá guardar no cofrinho.

Com esses dados, ele começará a entender qual valor ele terá para concretizar seus objetivos.  Se você quiser incentivar esse hábito ainda mais cedo e a criança não souber escrever, peça que ela desenhe suas metas.

Para ajudar a tornar o aprendizado mais divertido, o programa Estratégia Nacional de Educação Financeira criou o jogo “Tá osso”. O game tem conceitos de corte de gastos, definição de prioridades, gastos variáveis e formas conscientes de dispender a mesada. Pode ser jogado online pelo computador ou baixado no Google Play ou na App Store.

Uma dica importante em relação à vida financeira dos filhos é que é comum que eles imitem os hábitos dos pais. Procure avaliar a sua situação, seu controle e saúde financeira para dar o exemplo às crianças.

Quer saber se está fazendo corretamente? Veja 4 dicas para fazer seu planejamento financeiro pessoal e continue aprendendo.

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