Existem diversos tipos de empréstimo no mercado, cada um com suas vantagens e riscos. Todos eles são alternativas viáveis para quem deseja concretizar um sonho – como a compra de um imóvel próprio, um carro, um casamento – ou como uma ajuda para quitar dívidas e suprir qualquer emergência financeira.
Antes de decidir qual a melhor modalidade para você, é preciso lembrar que o empréstimo é uma forma de conseguir um valor em dinheiro, que deverá ser pago posteriormente com algumas condições, como a taxa de juros cobrada e o prazo para realizar o pagamento.
Isso significa que, durante certo período, parte da sua renda será comprometida para pagar as parcelas, até que a dívida seja quitada. Cada instituição oferece condições diferentes e é preciso avaliar qual será mais vantajosa para a sua realidade financeira.
Dito isso, veja agora quais são os principais tipos de empréstimo existentes no mercado e como fazer a sua escolha.
Conheça 6 tipos de empréstimo e veja o melhor para você
1. Empréstimo consignado
O empréstimo consignado é uma modalidade que oferece baixos riscos de inadimplência e possibilita o pagamento com juros mais baixos.
Isso porque o pagamento das parcelas é descontado diretamente da folha de pagamento do tomador, ou seja, todo mês parte do seu salário é retirado automaticamente da sua conta corrente.
Como o pagamento é garantido e você pode fazer um empréstimo com prazos mais longos, você consegue negociar parcelas com valor mais baixo – contanto que comprometam só até 30% da sua renda mensal – e com taxas de juros menores.
Para conseguir um empréstimo consignado, você precisa:
- Ter carteira assinada no regime de CLT;
- Ser servidor público;
- Ou ser aposentado ou pensionista do INSS.
Daí, basta solicitar o empréstimo em uma instituição financeira que tenha convênio com a empresa que você trabalha e passar por uma análise de crédito. Em geral, os grandes bancos firmam parcerias com instituições públicas ou empresas de grande porte.
Para funcionários de pequenas e médias empresas, uma boa solução para conseguir um empréstimo consignado é recorrer a uma fintech, como a EmCash, que tem flexibilidade para oferecer juros ainda menores (a partir de 1,69% ao mês).
2. Antecipação do 13º
Seguindo a linha dos créditos como benefício vinculado ao salário, a antecipação do 13º é outra modalidade possível para trabalhadores CLT e funcionários públicos.
Basicamente, você poderá solicitar à instituição financeira um empréstimo no valor do seu salário mensal e deve fazer o pagamento da dívida até a data do recebimento do seu 13º salário.
Você terá acesso rápido aos créditos para te auxiliar com alguma emergência, com juros acessíveis. As taxas são mais baixas porque você utilizará seu salário como garantia.
Um ponto negativo é que você terá que efetuar o pagamento da dívida justamente no período do ano em que as pessoas mais têm gastos, com presentes de Natal, férias de fim de ano, IPVA, IPTU, matrículas escolares e outros.
3. Empréstimo pessoal
Quem não deseja atrelar o pagamento à empresa que trabalha ou não tem vínculo CLT, pode optar pelo empréstimo pessoal, também chamado de crédito pessoal.
Trata-se de um dos tipos de empréstimo mais básicos, com um contrato simples e direto entre o tomador e a instituição financeira.
Cada instituição terá suas próprias regras para conceder o empréstimo, podendo variar bastante. Aqui vale ressaltar que, em geral, os juros são mais altos – podendo chegar a mais de 8% ao mês. Isso acontece porque a garantia de pagamento é menor, com risco maior de inadimplência.
Para solicitar, o tomador deve fazer uma simulação do empréstimo e passar por uma análise de crédito. Antes de contratar esta modalidade, certifique-se de conferir o CET (Custo Efetivo Total), que inclui o valor do empréstimo, acrescido de juros, taxas para abertura de conta, manutenção, seguros e outros gastos envolvidos.
Este valor será custo total para comprometimento de renda e muitas vezes são esquecidos antes de fazer o planejamento financeiro.
4. Empréstimo pessoal com garantia
Para conseguir reduzir a taxa de juros, as instituições financeiras precisam de ter garantia de que irão receber o pagamento do empréstimo.
Segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pelo CNC, 11,6% das famílias brasileiras estão inadimplentes e não conseguirão pagar seus empréstimos e outros investimentos nos próximos meses.
Para suprir esta demanda, existe o empréstimo pessoal com garantia ou com penhor. Esta é uma modalidade semelhante ao crédito pessoal que explicamos acima, porém com a exigência de um bem como garantia de pagamento.
Caso o empréstimo não seja pago, este bem (que pode ser um imóvel ou um carro, por exemplo) passa a ficar no nome da instituição. Dessa forma, apesar de ter acesso a juros mais baratos, ao pedir este tipo de empréstimo é preciso tomar cuidado para não perder o seu patrimônio.
5. Financiamento
Enquanto nas modalidades acima, o tomador pode escolher o que vai fazer com o dinheiro do empréstimo, no financiamento o recurso tem um fim específico. Você pode fazer:
- Financiamento imobiliário para uma casa, um apartamento ou terreno;
- Financiamento de automóvel;
- Financiamento estudantil para pagar a faculdade, dentre outros.
Basicamente, o financiamento consiste em um empréstimo para pagamento deste bem, que deve ser quitado com um prazo e juros determinados. Caso não seja pago, a instituição terá uma garantia, que pode ser o próprio patrimônio financiado.
Em geral, este tipo de empréstimo pode ter prazos bem mais longos – como 20 a 30 anos – e são mais burocráticos.
6. Cheque Especial
O cheque especial é uma forma de empréstimo, já que se trata de um limite pré-aprovado pelo seu banco. Caso seu saldo na conta corrente fique insuficiente no fim do mês, a instituição irá liberar crédito para você automaticamente.
É preciso ficar muito atento ao cheque especial, pois os juros podem ser bem altos e, quanto mais tempo você demora para pagar, mais caros eles ficarão. Algumas instituições financeiras oferecem benefícios como 10 dias sem juros para contas universitárias, por exemplo, por isso vale a pena consultar o seu banco.
Desde 2020, a taxa de juros para cheque especial foi limitada a 8% ao mês (em comparação a até 14% no ano anterior) e agora é preciso ficar atento ao contratar, pois você paga uma tarifa de 0,25% por mês para ter um limite acima de R$ 500.
E então, já sabe qual os melhores tipos de empréstimo para você? Antes de tomar sua decisão, faça bem o seu planejamento financeiro para ter certeza que poderá arcar com a dívida. Caso contrário, a situação pode se tornar uma bola de neve, com juros sobre juros.Veja agora mais informações para saber se vale a pena pegar um empréstimo para pagar dívidas.