No momento em que publicamos este artigo, seu 13º salário já caiu na conta. A vontade que dá é sair gastando por aí, afinal, essa é uma remuneração extra que o trabalhador em regime CLT tem direito e que está fora do orçamento mensal. Mas, já pensou o quanto você pode fazer bom uso desse dinheiro? Por isso, confira 4 dicas de controle financeiro para que você invista seu 13º salário com inteligência. Vamos lá? Boa leitura!
Como usar seu 13º salário?
O 13º salário é uma bonificação garantida pela Consolidação das Leis do Trabalho a todo empregado com carteira assinada. Em geral, o pagamento desse benefício é dividido em duas parcelas, sendo uma paga de fevereiro até o último dia de novembro e a segunda até 20 de dezembro. Se quiser saber mais, explicamos tudo sobre o 13º salário aqui.
Como é um salário a mais no ano, é comum que as pessoas utilizem o 13º para:
- Pagar dívidas atrasadas e regularizar a situação financeira.
- Pagar as contas de início de ano, como as parcelas do IPTU e IPVA que chegam em janeiro, contas referentes a uma viagem de férias, matrículas e materiais escolares das crianças, seguros de carro, dentre outras.
- Colocar na Poupança, o que pode não ser a melhor opção. Apesar da caderneta ser o tipo de investimento mais escolhido entre os brasileiros, o retorno da poupança é baixo e você encontra outras modalidades mais rentáveis. Para se ter uma ideia, de janeiro a novembro de 2020, ela rendeu 1,99%.
- Comprar supérfluos, presentes de Natal, aquela blusa que você estava de olho há tempos.
- Ou começar a investir.
Comece a investir seu 13º
Se você está no grupo que adora “torrar” o 13º salário ou quer começar o próximo ano com um rumo mais seguro e vantajoso para a sua vida financeira, este post é para você. Veja agora dicas para conseguir se planejar, economizar e ainda iniciar um investimento.
Muitas pessoas acham que o valor do 13º salário é baixo e não compensa investir. Porém, o primeiro passo é entender que com apenas R$30 ou R$100 você já consegue fazer investimentos no Tesouro Direto, por exemplo.
Então, não é que você precise usar todo o seu salário no investimento, mas pode reservar parte dele e aplicar. Imagine se você tivesse começado a investir parte do seu 13º do ano passado, o quanto já teria rendido? Para começar agora:
1. Faça um planejamento
Antes de investir, você deve entender sua situação financeira para saber os caminhos a seguir. Nossa sugestão é que você faça um planejamento financeiro e tenha um controle de quanto tem de saldo, somando o 13º salário, e faça uma relação de:
- Quais contas você tem a pagar no fim do ano e em janeiro e quanto você irá gastar com elas. Liste todos os impostos, seguros, valores de matrículas, gastos no cartão de crédito. Se você for fazer compras de Natal, escreva também um valor aproximado de quanto será o custo.
- Quais dívidas você possui e qual o montante, se for o seu caso.
- Quanto você gasta com suas contas fixas, como energia elétrica, internet, plano de celular, aluguel e outras.
Com isso, você terá consciência de quanto, realmente, tem disponível. Esse controle faz com que você tenha domínio sobre seus gastos e consiga fugir das tentações das compras por impulso nessa época do ano.
É possível que seu salário normal mensal seja suficiente para pagar todas as contas e é importante que você se planeje ao longo do ano para isso. Mas, se as contas de fim de ano pesarem, calcule quanto você precisará retirar do 13º para pagá-las.
É importante tentar não contrair mais dívidas nessa época, caso contrário poderá comprometer o seu planejamento ao longo de todo o ano.
2. Livre-se das dívidas
De fato, não é saudável começar a investir se você tem dívidas em aberto, já que os juros farão com que ela aumente ainda mais ao longo do tempo. Quitar dívidas o quanto antes deve ser prioridade, ainda mais se seu nome foi negativado e incluído nos cadastros de proteção ao crédito (como SPC e Serasa).
O “nome sujo” impede que você faça compras com o cartão de crédito, tenha acesso a financiamentos, empréstimos e até investimentos. Portanto, planeje-se para regularizar a sua situação. Você pode tentar renegociar as dívidas com os credores, garantindo uma condição de pagamento mais tranquila para a sua renda.
3. Estabeleça seus objetivos de investimento
Agora que você já sabe como regularizar sua situação (ou se já estava com uma vida financeira saudável e robusta), pode pensar em como fazer seu dinheiro trabalhar por você. Para que você comece a investir, é importante saber quais os seus objetivos, já que isso poderá definir a modalidade de investimento, o valor aplicado e o período.
Se você ainda não tem uma reserva de emergência, por exemplo, é importante começar a criar esse fundo, que deve corresponder a cerca de 6 a 12 meses dos seus gastos mensais. Para isso, você pode aplicar seu 13º salário em modalidades de liquidez diária (que permitem que você resgate o dinheiro a qualquer momento, se tiver uma emergência), como o Tesouro Selic, CDBs ou Fundos DI.
Se você quer comprar um imóvel, fazer uma viagem no meio do ano que vem ou pagar um curso, tudo isso demanda investimentos e prazos diferentes.
4. Pesquise e invista!
Agora que você já tem as metas estabelecidas, é importante estudar e entender as melhores opções para você.
Avalie qual o seu perfil de investidor: conservador, moderado ou arrojado, e saiba mais sobre os investimentos de renda fixa e renda variável existentes. É importante também dizer que se você vai investir seu 13º, não precisa investir só em um tipo de aplicação. Pelo contrário, é recomendado sempre diversificar seus investimentos para diluir seus riscos e ter diferentes rentabilidades para cumprir seus objetivos.
Quer investir agora seu 13º? Veja como diversificar sua carteira de investimentos!