Ufa! Você pagou todas as suas dívidas, saiu do sufoco e agora é hora de comemorar. Sim, você pode ficar feliz, já não faz mais parte dos 12,5 milhões de brasileiros endividados. Mas, temos uma coisa para dizer: não é hora de relaxar.
Se você saiu das dívidas, agora é o momento de manter seu controle financeiro para conseguir sustentar esse saldo positivo e evitar voltar para o vermelho e as negativações. E mais ainda: com planejamento você pode até conseguir fazer um pé de meia, criar uma reserva de emergência e começar a investir. Parece impossível? Te certificamos que não é!
O que mais observamos no mercado brasileiro são pessoas que não se preocupam com as finanças no dia a dia e não tornam esse controle uma rotina. E, dessa maneira, acabam caindo novamente no endividamento.
Para te ajudar, listamos 5 dicas não voltar ao endividamento e conseguir ter uma boa saúde financeira. Veja agora!
1. Faça seu planejamento financeiro
Este talvez seja o conselho que mais damos por aqui, quando falamos em educação financeira e como ter controle das suas contas.
O planejamento financeiro pessoal é o caderninho, a planilha, aplicativo ou o que quer que seja que você vai usar para controlar seus ganhos e gastos.
Veja como fazer:
Anote todos os seus ganhos
Você sabe exatamente quanto ganha por mês? Seu salário líquido (com os descontos de impostos e encargos), suas rendas com aluguéis, pensões e outros.
Acredite, a maioria das pessoas não sabe. Anote tudo isso e some. Para saber o salário certinho, você pode consultar o holerite.
Caso você não receba o mesmo tanto todo mês, anote quanto ganhou nos últimos três meses e faça uma média.
Anote todos os seus gastos
Agora, você vai usar esse mesmo planejamento para saber quanto tem gastado por mês e com o quê, exatamente.
Anote primeiro todos os gastos essenciais, que são os que você depende para viver:
- Moradia
- Gás
- Energia elétrica
- Água
- Alimentação
- Transporte
- Conta de celular
- Saúde e outros.
Agora liste seus gastos não essenciais, que são aqueles que você gasta, mas se cortar você conseguirá sobreviver mesmo assim.
- Academia
- Salão de beleza
- TV a cabo
- Aplicativos de streaming, tipo Netflix, Spotify
- Gastos com aplicativos de transporte e delivery
- O barzinho com os amigos e por aí vai.
Pode ser um pouco trabalhoso, mas isso vai mudar a sua vida financeira para sempre. Isso porque, ao saber quanto você ganha e quanto gasta por mês, você conseguirá identificar se a conta fecha.
Também irá localizar quais gastos supérfluos você poderia cortar para começar a economizar.
2. Comece a eliminar despesas
Agora que você já entende seu orçamento, pode começar a cortar gastos desnecessários.
Olhe com carinho para as suas despesas e veja o que você pode reduzir, quais contas que você e sua família conseguem economizar (veja como economizar nas contas de casa), quais gastos pode deixar para depois, quando você tiver uma reserva maior.
Pode ser difícil, mas é crucial para quem não quer mais passar pela dor de cabeça e noites em claro que vêm com as dívidas.
3. Separe um valor para os créditos
Bom, você já fez a limpa necessária na sua conta. Agora, é o momento de ter controle total de quanto gasta. O ideal é que você organize seu dinheiro da seguinte forma:
- 50% são os gastos essenciais
- 30% são os gastos não essenciais
- 20% você deixa para dívidas e compromissos financeiros
Como assim dívidas? O texto não era para nunca mais voltar para elas?
Sim. É que muitas pessoas não pensam que compras no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e o cheque especial são formas de dívidas. Se você já prevê este valor no seu orçamento, dificilmente vai cair novamente em dívidas fora do previsto.
Desses 20%, se possível, é interessante que você reserve uma parte para investir. Ao aplicar um pouquinho todos os meses, você consegue criar uma reserva financeira que vai te salvar caso alguma emergência aconteça.
Lembre-se de sempre anotar seus gastos, para controlar se vai passar do previsto. O segredo do planejamento financeiro é mantê-lo sempre atualizado.
4. Pague à vista
No Brasil, temos uma cultura muito forte de parcelamento, o que faz com que muitas pessoas acabem no endividamento.
É claro que parcelar é muito prático e te permite comprar itens mais caros, pagando um valor menor por mês.
Porém, o ideal é ir juntando o dinheiro (de preferência investindo), até que você tenha o valor total para pagar à vista. Ao fazer isso, muitas vezes você vai conseguir desconto e acabar comprando o produto mais barato.
Ao parcelar, você talvez ainda tenha que pagar juros, o que deixa tudo muito mais caro.
5. Se precisar, recorra ao consignado
A vida não está fácil, a inflação está bastante alta e, mesmo com o planejamento financeiro feito de forma certa, pode ser que você precise de uma ajuda para pagar as contas.
No desespero, muitas pessoas recorrem ao cheque especial ou ao cartão de crédito e são eles os principais causadores de endividamento no Brasil. Isso porque eles têm juros muito altos e acaba ficando difícil para a pessoa que já está em dificuldades, pagar a conta.
Uma dica que podemos dar, caso você precise de crédito, é recorrer ao empréstimo consignado. Ainda que o ideal é não necessitar dele, se você está precisando, ele pode ser uma boa solução.
Isso porque o consignado é um empréstimo que desconta as parcelas diretamente do seu salário. Com isso, o banco ou a instituição financeira tem a garantia de que você vai pagar aquelas prestações e isso permite que os juros sejam mais baixos.
Ou seja, o consignado é uma das formas de crédito mais baratas. Assim, você paga menos por mês, do que pagaria com o cheque especial ou até outras formas de empréstimo.
O importante aqui é que, caso você peça um empréstimo consignado, lembre de atualizar sua planilha financeira. Afinal, o valor que você anotou do seu salário será reduzido.
Se você quer entender melhor como funciona esse tipo de crédito, leia agora tudo sobre o empréstimo consignado.