Os golpes de empréstimo, infelizmente, têm sido cada vez mais comuns no Brasil. Milhares de pessoas caem, todos os anos, em fraudes e acabam sendo prejudicadas financeiramente.
O que poderia ser um caminho para fugir das dívidas, limpar o nome nos órgãos de proteção ao crédito ou conquistar sonhos – como é o caso dos empréstimos com empresas sérias e idôneas – acaba se tornando uma dor de cabeça.
Entenda agora como são feitos os golpes de empréstimo e o que você pode fazer para evitá-los.
Antes, veja quais os principais tipos de empréstimo existentes e tenha acesso ao crédito de forma segura.
Principais tipos de golpes de empréstimo
Existem diversos tipos de golpes com o objetivo de enganar a vítima e lesá-la financeiramente. Os estelionatários inovam constantemente na tática de abordagem e se aproveitam da falta de informação e da vulnerabilidade das pessoas para prejudicá-las.
Atualmente, o roubo de dados pessoais é muito comum. A Lei Geral de Proteção de Dados foi criada para combater esse crime, mas a verdade é que quem está presente na internet, faz compras online, acessa internet banking ou outros serviços está sujeito a ter os dados roubados. Recentemente, informações de 220 milhões de brasileiros foram vazadas, o que dificulta ainda mais a proteção do consumidor contra fraudes.
Venda de serviços financeiros
Ao ter acesso a essas informações, tanto pessoais quanto financeiras, os estelionatários entram em contato com as pessoas e se passam por vendedores de produtos bancários, como empréstimos e financiamentos, ganhando a confiança desses indivíduos. Afinal, se eles sabem todos os meus dados é porque eu já autorizei em algum momento, certo? Errado.
Ao conquistar o interesse do “cliente”, a venda pode ser concluída e o dinheiro enviado ao golpista. Pode parecer absurdo (e é, de fato) e você pode pensar que nunca cairia nesse golpe. Mas a verdade é que a vulnerabilidade e a desinformação tornam as pessoas extremamente propensas a esses crimes.
Pessoas com situação irregular ou com score baixo tendem a aceitar propostas sem verificar a fundo a procedência. As promessas de juros baixos, facilidade de contratação e outras vantagens passam a ser muito atrativas.
Fraude no empréstimo consignado do INSS
É o caso, por exemplo, de aposentados do INSS, uma das principais vítimas de golpes de empréstimo consignado. Aqui, são feitos, basicamente, dois tipos de fraudes:
- A vítima já possui um histórico de empréstimo e a instituição financeira reajusta o contrato sem validação prévia do tomador. Os funcionários de bancos que participam desse tipo de golpe têm acesso aos dados e, por ganharem comissão pela venda do empréstimo e uma bonificação pelos juros aplicados, realizam o processo sem consulta ao cliente;
- A vítima nunca fez um empréstimo consignado com o INSS, mas tem seus dados roubados e sofre descontos automáticos em sua aposentadoria sem ao menos perceber.
Falsificação de assinatura
Outro golpe comum é a fraude de assinatura. Com a facilitação do acesso ao crédito, atualmente é possível solicitar empréstimos com o mínimo de comprovação. Ao apresentar cópias dos documentos da vítima e falsificar sua assinatura, o criminoso inclui sua própria conta bancária no processo, recebendo o empréstimo em nome de outra pessoa.
Como se proteger dos golpes de empréstimo?

Poderíamos citar muitos outros tipos, mas o principal é que se entenda como proceder para ter cuidado com golpes.
Nunca pague antecipado
O Banco Central, instituição que faz a regulação financeira no Brasil, determinou que as taxas cobradas em relação a empréstimos devem ser pagas apenas junto com as parcelas, a partir da liberação efetiva de crédito. A cobrança antecipada é uma prática criminosa.
Muitas pessoas não sabem disso e, antes mesmo de assinar qualquer contrato e verificar a veracidade das informações, fazem pagamentos antecipados. Ao instigar o golpe, o estelionatário diz que é preciso efetuar o pagamento de tarifas para liberação, de avalista, taxas de conveniência, despachante, juros antecipados e outros.
Portanto, até que o dinheiro do empréstimo caia na sua conta, nunca faça um pagamento à parte.
Além disso, o contrato de financiamento ou empréstimo deve conter todas as tarifas a serem cobradas, os impostos incidentes, taxas de serviço e outras.
Cuidado com as redes sociais
As redes sociais, como Facebook, Instagram e mesmo o WhatsApp facilitam o contato de qualquer estelionatário que possua seus contatos ou número de telefone e nome. Ao chamar a vítima para uma conversa, é possível que seja feita uma abordagem maliciosa.
Além disso, é comum que os consumidores solicitem informações às instituições financeiras por mensagens diretas pelas redes. Ao fazer o pedido de um empréstimo pela internet, você precisará passar seus dados, indicar qual o valor desejado, número de parcelas que quer pagar e outras. Ao ter acesso a essas informações, o criminoso tem em mãos as maneiras de aplicar o golpe. Por isso, nunca passe seus dados pelas redes sociais.
Cheque a procedência
Antes de fazer a solicitação de um empréstimo:
- Consulte o CNPJ da instituição financeira na Receita Federal;
- Verifique as informações no site oficial da instituição, além de comentários de consumidores nas redes sociais e em portais como o Reclame Aqui para checar a reputação da empresa ou do banco;
- Desconfie em caso de erros de português nas mensagens enviadas;
- Não atenda ligações de números sem identificador;
- Não responda caso o contato seja feito fora do horário comercial. Em instituições financeiras sérias, as ligações e mensagens só acontecem até às 18h, em dias úteis, em geral.
- Desconfie também de contatos muito incisivos, que exijam que você passe dados ou faça algum tipo de pagamento, em prazos muito curtos.
- O pagamento de parcelas de empréstimo deve ser feito sempre em contas de pessoas jurídicas (empresas e instituições financeiras com CNPJ). Nunca faça pagamentos a pessoas físicas.
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