Se você ainda não pensou sobre isto, é hora de falar sobre diversificação de carteira de investimentos. O contexto atual no Brasil e no mundo está marcado por crises econômicas e expandir suas possibilidades pode ser a chave para superá-las.
Mas o que isso tem a ver com a Taxa Selic? É que no início de agosto de 2020, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou a taxa Selic para 2% ao ano, índice que vem sofrendo uma queda progressiva e que agora atingiu sua mínima histórica.
O corte impacta diretamente os investimentos, sobretudo os de renda fixa, e diversificar a carteira com investimentos de renda variável pode ser mais atrativo, rentável e oferecer menos riscos.
Para te auxiliar na definição da sua carteira, vamos te explicar o que é a taxa Selic, de que forma ela atua sobre os investimentos e te mostrar opções de aplicações que podem ser mais vantajosas para você. Vamos lá?
O que é a Taxa Selic?
Quem tem interesse em investimentos precisa entender o que é a taxa Selic. Trata-se da taxa básica de juros da economia no Brasil e é ela que controla a emissão, compra e venda de títulos.
Isso significa que ela influencia todas as taxas de juros no país, como os rendimentos das suas aplicações, empréstimos de bancos, financiamentos e outros.
A cada 45 dias, aproximadamente, o Banco Central define qual será o nível da taxa Selic Meta (como é chamada), de maneira a controlar a inflação no país.
De maneira simplificada:
- Se a inflação (alta média dos preços) está além da desejada, aumenta-se a Selic. Isso faz com que os juros aumentem e, como consequência, ocorre um desestímulo ao consumo, que vem acompanhado da queda da inflação e preços mais baixos.
- Por outro lado, se a taxa Selic cai, os juros também caem, tornando empréstimos e financiamentos mais baratos. Isso estimula o consumo e os preços sobem.
Para saber qual a taxa vigente, basta consultar o site do Banco Central.
Como ela impacta no seu bolso?
Além da regulação da inflação e dos preços praticados no mercado, que impactam no seu consumo diário (ou até o seu emprego, se sua empresa precisa que o mercado consumidor esteja aquecido para se manter), a taxa Selic influencia diretamente os investimentos de renda fixa.
A Selic, conhecida também como “taxa livre de risco” serve como referência para a rentabilidade desses investimentos, já que a sua remuneração é baseada nos juros. Portanto, se a Selic é reduzida, seu retorno será também menor.
É o caso dos títulos públicos, os CDBs, as letras de crédito, debêntures e a poupança. Veja só:
Títulos Públicos
Os títulos do Tesouro Direto, do Governo Federal, são diretamente impactados pela Selic.
- O Tesouro SELIC (LFT) tem sua rentabilidade atrelada exatamente à taxa Selic, ou seja, ele rende o valor da variação.
- O título IPCA+ também é influenciado, uma vez que sua rentabilidade está atrelada à inflação mais uma taxa prefixada de juros. E nós já vimos que a inflação é controlada pela Selic, certo?
Se parte do seu patrimônio ou sua reserva de emergência está investida no Tesouro Selic, isso não significa que você perderá dinheiro, mas ganhará menos pelo investimento. Existem outras alternativas para isso, veja neste vídeo:
CDI – Certificado de Depósitos Bancários
Se a taxa Selic é reduzida, o CDI também cai. E vice versa. As taxas, apesar de diferentes, estão interligadas.
Para equilibrar seus balanços no fim do dia, os bancos fazem e tomam empréstimos de outras instituições financeiras. O título emitido pelos bancos durante essas transações são chamados de CDI.
Por possuírem baixo risco, as taxas praticadas no CDI se tornaram uma referência para investimentos de renda fixa. A rentabilidade deles está indexada à taxa CDI. São eles:
- CBD
- LCI
- LCA
- Fundos de Renda Fixa
- Debêntures e outros.
E como fica a Poupança?
Apesar de ser o investimento preferido dos brasileiros, a taxa Selic também impacta o investimento na Poupança e o cenário atual tem tornado esta modalidade a menos rentável do país.
Isso acontece porque a regra da caderneta de poupança está diretamente ligada ao patamar da Selic. Quando está maior ou igual a 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês, somado à taxa referencial (TR), zerada atualmente. Quando está menor que 8,5% a.a. – que é o caso – a poupança rende 70% da Selic.
Isso representa, portanto, um retorno de apenas 1,40% a.a. (70% de 2%), isso sem descontar a inflação. Ou seja, o seu investimento terá um rendimento negativo.
Brasileiros na contracorrente
Mesmo com as quedas progressivas e históricas da taxa SELIC, em 2020 a caderneta de poupança registrou recorde de captação desde a série histórica em 1995, arrecadando R$ 37,20 bilhões apenas em maio. Este número, segundo matéria publicada no Valor Investe, representa mais do que o dobro de todo o ano de 2019.
Especialistas atribuem o aumento à falta de segurança e estabilidade financeira gerada pela pandemia do COVID-19. A poupança é uma aplicação de liquidez diária (você pode sacar o dinheiro com facilidade) e é visto como de baixo risco pelos investidores mais conservadores.
Como fazer a sua diversificação de carteira?
Quem é investidor sem dúvida já conhece a máxima “não coloque todos os ovos na mesma cesta”. A ideia é contar com diferentes investimentos, seja em títulos, papéis, fundos e outras modalidades, de modo a distribuir os riscos e, também, os rendimentos.
Para diversificar a carteira de investimentos, é preciso encontrar ativos que ofereçam riscos diferentes, assim como sofram impactos distintos conforme as movimentações e flutuações da economia.
Se os investimentos em renda fixa estão menos rentáveis, os de renda variável estão mais atrativos, com maior retorno de investimento.
Ações da Bolsa
Ações da bolsa de valores, por exemplo, são impactadas de forma indireta pela Selic e podem, inclusive, crescer com a queda da taxa básica de juros.
Isso ocorre porque, com a redução da inflação e o aquecimento do mercado consumidor, as empresas tendem a vender mais e aumentar seu valor, distribuindo mais dividendos aos acionistas.
É preciso, entretanto, ter bastante conhecimento ao aplicar na bolsa, uma vez que é um rendimento com maior risco.
Investimento em Fintechs
Ao investir em fintechs – empresas com produtos financeiros totalmente digitais – você consegue encontrar aplicações com rentabilidade maior que as oferecidas por bancos tradicionais, podendo inclusive manter os investimentos em renda fixa. O risco é ainda similar a adquirir os títulos no governo, já que as fintechs são também reguladas pelo Banco Central.
As fintechs ainda oferecem outras possibilidades de investimentos de renda variável, de modo que o investidor possa personalizar sua carteira, ter total transparência nas suas transações e o melhor: com taxas de juros mais baixas.
Na EmCash, você diversifica sua carteira e garante rentabilidade muito maior do que investimentos em CDB dos “grandes bancos”, por exemplo. Com a plataforma, você faz empréstimos a diferentes pessoas, acompanha de perto a jornada do investimento e pulveriza seu risco.
Quer entender mais sobre os investimentos da EmCash? Veja agora como funciona e aumente sua rentabilidade.