No cenário cada vez mais digitalizado e interconectado do mundo financeiro, a cibersegurança financeira tornou-se uma grande preocupação para todos nós.
A verdade é que à medida que os avanços tecnológicos proporcionam maior conveniência e eficiência nas transações financeiras, também aumentam os riscos associados à segurança dos dados e à proteção contra ameaças cibernéticas.
Sabemos que, nesse caminho, o melhor é se proteger. E é por isso que elaboramos este artigo contendo as melhores práticas para você proteger a sua privacidade digital agora mesmo. Confira!
O que é Cibersegurança financeira?
A cibersegurança financeira é um ramo da segurança cibernética que se concentra na proteção dos sistemas, dados e transações financeiras contra ameaças pela internet e no mundo digital.
Ela envolve a implementação de medidas de segurança para proteger as informações financeiras, tanto individuais quanto institucionais, contra ataques maliciosos, fraudes e violações de segurança.
Em um cenário onde cada vez mais transações são realizadas eletronicamente e informações sensíveis são armazenadas em servidores online, a segurança financeira torna-se uma prioridade absoluta.
Uma falha na proteção dos sistemas pode resultar em consequências desastrosas, incluindo roubo de identidade, perda de fundos e danos à reputação das instituições financeiras.
Para que serve a cibersegurança no segmento financeiro?
A cibersegurança financeira abrange uma ampla gama de áreas, incluindo:
- Proteção de dados pessoais e financeiros: visa proteger informações pessoais, como números de identificação, detalhes de conta bancária, números de cartão de crédito e outras informações sensíveis relacionadas às finanças. Isso é feito por meio de técnicas como criptografia, firewalls, e controle de acesso;
- Prevenção de fraudes: ela envolve a implementação de sistemas de detecção de fraude e monitoramento em tempo real para identificar atividades suspeitas, como transações não autorizadas ou comportamentos fora do padrão;
- Gestão de riscos: a cibersegurança financeira também se concentra na avaliação e gestão dos riscos associados às ameaças cibernéticas, incluindo a identificação de vulnerabilidades nos sistemas e a implementação de medidas para mitigar esses riscos;
- Conformidade regulatória: as instituições financeiras são frequentemente obrigadas por regulamentações governamentais a implementar medidas de segurança cibernética para proteger as informações financeiras dos clientes. A cibersegurança financeira ajuda a garantir a conformidade com essas regulamentações.
Quem deve zelar pela segurança cibernética?
As instituições financeiras estão constantemente investindo em tecnologias avançadas de segurança cibernética, como firewalls, criptografia e autenticação multifatorial, para proteger os dados dos clientes e as transações financeiras.
Além disso, os indivíduos também desempenham um papel crucial na garantia da segurança de suas próprias informações financeiras, adotando práticas de segurança cibernética, como senhas fortes, autenticação de dois fatores e evitando compartilhar informações confidenciais em redes não seguras.
A conscientização sobre os riscos cibernéticos e a educação sobre as melhores práticas de segurança financeira são essenciais para enfrentar as ameaças emergentes. Programas de treinamento e campanhas de conscientização podem ajudar os usuários a reconhecer e evitar golpes cibernéticos comuns, como phishing e ataques de ransomware.
Além disso, é importante que governos e órgãos reguladores desenvolvam políticas e regulamentações robustas para proteger os consumidores e promover a segurança cibernética no setor financeiro.
Isso inclui a implementação de padrões de segurança mínimos, requisitos de relatórios de incidentes cibernéticos e penalidades para violações de segurança.
Dados sobre riscos de ataques cibernéticos globais
Ataques cibernéticos estão cada vez mais comuns no mundo.
De acordo com um estudo divulgado pelo FortGuard Lab, o Brasil sofreu cerca de 103 bilhões de ataques cibernéticos em 2022. O país, ficou atrás apenas do México, que registrou 187 bilhões de ataques.
Se comparado com o último trimestre de 2021, houve um aumento de 61,7% nos ataques cibernéticos, e esse número só vem aumentando ao longo dos anos.
Por isso, além dos esforços do governo para adotar medidas para parar esse tipo de ataque, os brasileiros precisam estar ainda mais atentos sobre como fazer com que suas contas estejam seguras.
Como proteger a sua privacidade digital?
Proteger sua privacidade digital é essencial para garantir a segurança de suas informações pessoais e evitar o acesso não autorizado a dados sensíveis.
Por isso, separamos abaixo algumas dicas de como proteger sua privacidade online. Confira:
- Use senhas fortes;
- Ative a autenticação de dois fatores
- Mantenha softwares e aplicativos atualizado;
- Cuidado com phishing e e-mails suspeitos
- Use redes Wi-Fi seguras
- Ajuste configurações de privacidade nas redes sociais;
- Limpe regularmente seus dados;
- Use criptografia;
- Esteja consciente das configurações de privacidade de dispositivos inteligentes;
- Mantenha-se informado e vigilante.
8 estratégias para garantir a segurança de suas finanças nos apps digitais
Uma das maiores áreas de insegurança cibernética são os aplicativos utilizados em telefones e dispositivos móveis.
Vale ressaltar que garantir a segurança das suas finanças nos aplicativos digitais é fundamental em um mundo cada vez mais conectado.
Confira abaixo 8 estratégias para proteger suas informações financeiras:
- Autenticação de vários fatores
Ative a autenticação de dois fatores sempre que possível nos aplicativos financeiros. Isso adiciona uma camada extra de segurança, exigindo mais do que apenas uma senha para acessar sua conta;
- Proteção de e-mails
Mantenha seus e-mails protegidos, usando senhas fortes e atualizando regularmente. Evite compartilhar informações financeiras sensíveis por e-mail e, se possível, opte por criptografar mensagens importantes;
- Não clique em links desconhecidos
Evite clicar em links enviados por fontes desconhecidas, especialmente se forem relacionados a questões financeiras. Links maliciosos podem levar a sites falsos projetados para roubar suas informações pessoais;
- Não baixe PDFs de e-mails suspeitos
Tenha cuidado ao baixar arquivos PDF de e-mails suspeitos, pois eles podem conter malware ou links maliciosos. Sempre verifique a autenticidade do remetente antes de abrir qualquer anexo;
- Utilize sempre seus próprios aparelhos: celular e computador
Evite fazer transações financeiras em dispositivos públicos ou compartilhados. Use apenas seus próprios dispositivos, pois isso reduz o risco de exposição a malware e programas maliciosos;
- Cuidado com Wi-Fi público
Evite fazer transações financeiras ou acessar aplicativos sensíveis em redes Wi-Fi públicas. Essas redes são mais suscetíveis a ataques de hackers, que podem interceptar dados pessoais e financeiros;
- Cuidado com PIX
Ao usar o PIX ou qualquer outro sistema de pagamento instantâneo, verifique sempre os detalhes da transação e certifique-se de que está enviando fundos para a pessoa ou empresa correta;
- Cuidado com pagamento de boletos suspeitos
Antes de pagar qualquer boleto, verifique se ele é legítimo e se os detalhes da conta correspondem aos fornecidos pela empresa ou instituição. Evite pagar boletos de fontes não confiáveis ou desconhecidas.
Lembre-se: ao adotar essas medidas de segurança, você pode reduzir significativamente o risco de fraude e proteger suas finanças nos aplicativos digitais.
Como não cair em golpes?
Para evitar cair em golpes, é importante estar ciente das táticas usadas pelos golpistas e adotar medidas preventivas.
Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.
Desconfie de ofertas que prometem lucros rápidos e garantidos, produtos gratuitos em troca de informações pessoais ou oportunidades de investimento com retornos extraordinários.
Além disso, sempre verifique a autenticidade das fontes antes de fornecer informações pessoais ou financeiras. Isso inclui verificar se o site é seguro, verificar se há um cadeado na barra de endereço, pesquisar a reputação da empresa ou organização e entrar em contato diretamente com a empresa ou instituição em caso de dúvidas.
Tenha cuidado ao compartilhar informações pessoais online, especialmente em redes sociais. Os golpistas podem usar essas informações para criar perfis falsos e realizar ataques de phishing ou engenharia social.
Por último, use ferramentas de segurança, como antivírus e antimalware, em seus dispositivos para proteger contra ameaças cibernéticas.
Leia também: Como evitar golpes de empréstimo?
Como funciona o roubo de identidade digital?
O roubo de identidade digital é um crime cibernético no qual um indivíduo ou grupo obtém informações pessoais de uma pessoa sem seu consentimento, com o objetivo de cometer fraudes ou crimes financeiros.
Esse tipo de crime geralmente envolve a coleta de informações como nome completo, data de nascimento, números de documentos de identificação como CPF, RG ou número de seguro social, endereço residencial, números de cartões de crédito ou débito, e informações de contas bancárias.
Existem várias maneiras pelas quais os criminosos podem obter informações de identidade digital:
- Phishing: os golpistas enviam e-mails, mensagens de texto ou mensagens em redes sociais que se passam por instituições legítimas, como bancos, empresas ou órgãos governamentais, solicitando informações pessoais ou financeiras. Eles podem direcionar as vítimas a sites falsos que imitam os originais para coletar informações.
- Malware: malwares, como cavalos de Troia, spywares ou keyloggers, podem infectar computadores ou dispositivos móveis e capturar informações digitadas pelo usuário, como senhas e detalhes de cartão de crédito, sem o conhecimento da vítima.
- Roubo de Dados: hackers podem invadir sistemas de empresas ou instituições que armazenam informações pessoais e roubar dados em massa. Isso pode incluir informações de identificação pessoal de milhões de indivíduos.
- Roubo de Dispositivos: quando dispositivos móveis, laptops ou outros dispositivos que armazenam informações pessoais são perdidos ou roubados, as informações contidas neles podem ser acessadas por terceiros.
Após obterem as informações de identidade, os criminosos podem usá-las de várias maneiras, como, por exemplo:
- Abrindo novas contas de crédito em nome da vítima;
- Fazendo compras online usando informações de cartão de crédito roubadas;
- Acessando contas bancárias e transferindo fundos;
- Aplicando para benefícios governamentais ou seguros em nome da vítima;
- Fazendo se passar pela vítima em transações financeiras ou outras atividades ilegais.
O roubo de identidade digital pode ter sérias consequências financeiras e emocionais para as vítimas, incluindo perda de fundos, danos à reputação e estresse emocional.
Para se proteger contra o roubo de identidade digital, é importante adotar práticas como as dicas que disponibilizamos neste texto.
Investimentos em cibersegurança financeira
Não só pessoas físicas estão sujeitas a ataques cibernéticos, muito pelo contrário. Empresas de diversos setores estão constantemente à mercê de possíveis ataques que podem ter um impacto grande na organização.
Por isso, de acordo com o Worldwide Security Spending Guide, da IDC, em 2024 a projeção é que o investimento total em cibersegurança, em todos os setores da indústria, chegue a aproximadamente 184 milhões de dólares, o equivalente a 902 milhões de reais.
Este investimento é 15,63% a mais do que o valor investido em 2023.
O fato é que violações de segurança cibernética podem ter um impacto significativo na reputação de uma empresa. Um vazamento de dados ou uma violação de segurança pode minar a confiança dos clientes e afetar negativamente a imagem da marca. Investir em cibersegurança ajuda a proteger a reputação da empresa e a manter a confiança dos clientes.
Além disso, ataques cibernéticos, como ransomware ou ataques de negação de serviço (DDoS), podem causar interrupções significativas nos negócios, resultando em perda de receita e produtividade. Investir em cibersegurança ajuda a prevenir essas interrupções, protegendo os sistemas e dados da empresa contra ameaças cibernéticas.
Qual a importância da cibersegurança para o setor financeiro?
O setor financeiro lida com uma quantidade enorme de informações sensíveis dos clientes, como números de contas bancárias, números de cartões de crédito, histórico de transações e informações de identificação pessoal.
Por isso, a segurança desses dados é essencial para proteger a privacidade e a confiança dos clientes.
Além disso, os ataques cibernéticos direcionados ao setor financeiro muitas vezes têm o objetivo de roubar dinheiro, seja por meio de fraudes com cartões de crédito, phishing direcionado a clientes ou acesso não autorizado a contas bancárias.
Investir em cibersegurança ajuda a prevenir essas fraudes e proteger os ativos financeiros dos clientes e da instituição financeira.
Além disso, listamos abaixo mais alguns pontos importantes da cibersegurança para o setor financeiro. Confira:
- Uma violação de segurança significativa em uma instituição financeira pode ter ramificações sistêmicas, afetando a estabilidade de todo o sistema financeiro. A cibersegurança é essencial para proteger a integridade e a confiabilidade das operações financeiras em grande escala;
- O setor financeiro está sujeito a regulamentações rigorosas relacionadas à segurança cibernética e proteção de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O não cumprimento dessas regulamentações pode resultar em multas significativas e danos à reputação;
- Uma violação de segurança cibernética pode causar danos significativos à reputação de uma instituição financeira, minando a confiança dos clientes e investidores. Investir em cibersegurança ajuda a proteger a marca da instituição financeira e manter a confiança do público;
- O cenário de ameaças cibernéticas está em constante evolução, com novas técnicas e táticas sendo desenvolvidas regularmente pelos cibercriminosos. Investir em cibersegurança permite que as instituições financeiras estejam preparadas para enfrentar ameaças emergentes e responder de maneira eficaz a incidentes de segurança.
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